segunda-feira, 27 de abril de 2009

[34] Inveja


Não sou, nem gosto de ser invejoso, mas…hoje estou particularmente invejoso. Sim porque alguem esta em viagem por Bruxelas e eu que tambem fui convidado e nao posso ir. Ai que inveja...

Enquanto estou no escritorio a beber um sumo de pacote de pessego (broskyňa) da Včielka Maja (Abelha Maia)

[33] Olhar

Tenho andando com uma estranha sensação. Eu que raramente falo com P. e ela nos últimos dias tem me olhado numa maneira um pouco estranha. Só tenho umas interpretações para aquele olhar, mas tenho andando tão atarefado que ainda nem pensei no que quererá dizer aquela expressão. Mas uma coisa e verdade...os olhos não mentem.

P.S. Faz-me um pequeno favor P. Não ponhas tanta maquilhagem. Pareces que tens trinta e dois anos, mas na verdade tens vinte e seis.

[32] Orgasmos a comer

Durante o tempo que vivi na residência de estudantes apanhei varias cenas bastante caricatas, outras bem estranhas. Apesar da loiça na cozinha estar sempre suja, quase não se ouvir ninguém nos corredores. O silêncio era tanto que conseguia ouvir os ponteiros do relógio eléctrico a mudar de minuto a minuto. Estranho e fantasmagórico sitio. Ate que um dia...

Ate que um dia começaram aparecer pessoas. Não eram estudantes, mas sim pessoas na casa dos quarentas, outras na casa dos cinquentas. Pela forma que se comportavam e se apresentavam, muito provavelmente eram pessoas ligadas ao sector da construção ou da indústria pesada. Um dos dias, entrei pela cozinha adentro e estava um homem bastante gordo a jantar na única mesa que exista lá. Um homem bastante curioso, que me fez várias perguntas, só que não teve muito sucesso, porque eu simplesmente não sabia nem uma palavra da língua. Tive que responder em inglês que não percebia o que ele estava a dizer. Ficou ainda mais curioso, perguntou-me logo se eu era inglês, o que eu respondi logo de imediato que não...era português. Então que ele ficou ainda mais curioso, e acabou por me dizer o nome de quase todas as cidade que existem na região do grande Porto. Agora quem ficou com curiosidade foi mesmo eu. Voltou-me a fazer uma nova pergunta enquanto eu esperava pela comida a aquecer no microondas. – És do Porto, clube? – fiquei um pouco curioso e ao mesmo tempo desconfiado, como e que ele sabia os nomes das cidades e do FCP? Como eu não ligo muito ao futebol, mas respondi que não que era do Benfica. A resposta ainda foi mais curiosa, sabia o nome de um dos jogadores do Benfica, que por acaso dos acasos e checo.


 

No dia seguinte e apesar de já andar desejoso por sair daquele estranho edifício, vou novamente a cozinha. Sim porque durante um mes andei a comer comida instantânea. Já nem conseguia ver aquele tipo de comida, mas era a única que conseguia fazer, porque não tinha mesmo condições para fazer comida em condições por ali. Entro com o prato de comida instantânea para colocar no microondas e estava um homem na mesma mesa a jantar. Era do mesmo grupo. Mas este era um pouco, e bastante diferente. Eu não sei o que aquela sopa tinha, mas sei que eles têm um estranho hábito de colocar bastante picante na comida. Talvez seja do frio! Não, não podia deixar de reparar num pequeno pormenor, que confirmava tudo...a embalagem de picante estava em cima da mesa. Este tipo comia de uma forma bastante estranha que até me dava arrepios só de ouvir e olhar para ele. Sem me esquecer de referir que este tipo olhava seriamente para mim. Comia a sopa de uma maneira tão estranha que alem de literalmente chupar a sopa através da colher, emita um estranho som. Parecia que estava a comer a sopa e ao mesmo tempo a ter um orgasmo.

Pira-te mas e dali ates que o tipo te enrabe...

[31] Fez-se luz. Chegou a primavera

Finalmente o inicio da primavera. Bem quase! Quase, porque o tempo anda muito instável, mas pelo menos não dá para nevar. Aleluia! Finalmente o fim da neve. Essa coisa branca, fofa e ternurenta só esta mesmo nas montanhas.

Apesar do sol começar a aquecer, a roupas também estão a começar a diminuir. Agora sim, agora vale bem a pena olhar para todos estes atributos que temos a frente dos nossos olhos. Tatuagens, mini-saias (não e que durante o inverno não exista), decotes..., calças curtas...., ai!

Por falar em mini saias, não podia me esquecer de me referir um pequinito pormenor. Desde que o sol começou a aquecer o ambiente e a primavera a mostrar os seus primeiros e longos sinais de existência, a minha colega mini-saia, deixou de usar mini-saias. Alias durante quase duas semanas, só a vi mesmo três vezes de saias. Até fiquei um pouco confuso com a situação. Mas ainda bem...apesar de não conseguir acreditar que aquela carinha de boneca de porcelana, tenha vinte e seis anos. Dava-lhe à vontade vinte dois, e no máximo vinte e quatro. Já agora, ela também ia partindo a cabeça precisamente no mesmo situo. (Descobri estes pormenores, quando fui parar ao hospital). Tenho que admitir que ela até tem uma pernas bonitas, e o que e bom e para se ver!

Durante o inverno, o parque por onde passo todos os dias, estava sempre coberto de neve por cima daquele asfalto preto. Quando a neve começou a desaparecer reparei que existiam umas marcas no chão, com números. Agora sei o que é. Todos os dias quando saio de casa, já estão os vendedores ambulantes a instalar as suas bancas para vender flores e hortaliças para plantar. Um povo que têm um bom habito de gostar ter um jardim florido, independente da sua condição económica ou social, tempo ou ausência. Nisto eles não são como nos portugueses, que gostamos de ter os jardins das nossas vivendas, tudo ladrilhado ou asfaltado, ou mesmo sem jardim. Uma coisa feia, horrorosa, cheio de ervas, ou de tralha.

Se a primavera for tão dura como o inverno, acho que já comecei a ter os primeiros sinais de febre da Primavera. Sou mesmo obrigado a usar óculos de sol, porque com os aviões como estes, sejam aviões de ataque ao solo ou de caça. A luta pela resistência de não olhar para não cair na tentação e no pecado carnal e no mínimo complicado e difícil resistir. Venham elas…

Os pardais já lutam pelo ninho de andorinha que esta na janela mesmo a minha frente. As duas teias de aranha que estão coluna na parede, estão cada vez maiores. E a pequena joaninha continua a subir na direcção delas!


 

P.S. Se o Sol continuar a aquecer o ambiente, difícil será resistir no escritório por muito tempo. Porque se já era um forno durante o inverno, nem quero imaginar como será no verão com o sol a bater directamente o dia todo nas janelas. Prova de sobrevivência numero dois!

[30] O dia seguinte

No dia seguinte a entrada do novo director, fiz até questão de chegar um pouco mais cedo do que é hábito. Nada de novo estava a acontecer, tudo na mesma. Até eu estava mais atento do que o costume, para ver o que poderia acontecer.

Ele chega e nada se passa, a não ser o novo computador que está o tipo dos computadores a instalar para ele.

Até que acontece uma cena um pouco insólita é que deixou os meus colegas com um sorriso nervoso disfarçado e de boca aberta. No preciso momento em que o antigo responsável temporário do meu departamento entrou, e maldita a hora que ele entrou. Porque quando ele mal entrou, o novo director chamou-o para ele arranjar a cadeira dele! O homem com uma paciência e uma calma fora do normal, vira a cadeira ao contrário e começa a ajusta-la e dar uns toques para ela ficar em condições. Todos nos ficamos como ficamos com um sorriso disfarçado e de boca aberta, porque ninguém estava a espera desta cena.

Vamos lá ver o que mais irá acontecer.

[29] O choque vai começar

Perante a presença do novo director as minha funções também iriam mudar radicalmente, mas para isso teria que esperar mais uns dias para ver o que ira acontecer. No entanto o ambiente do escritório estava a começar a ficar um pouco mais denso e intenso. O novo director é Polaco. Os Checos e os Polacos têm uma velha rivalidade, na qual não se podem ver uns aos outros. O choque irá ser duro e violento. Nem eu próprio estou bem à espera do que irá acontecer. Mas e melhor preparar-me para o que virá acontecer. Não sei qual é a diferença entre este choque e a queda de um meteorito em terra.


 


 

[28] Novo director

Quanto entrei no meu apartamento novo, passados uns dias a minha colega mini-saia, pediu-me se o novo director que ai vinha, daqui a uns meses trabalhar, se podia ver a minha casa. Porque ele estava interessado em ir viver para esta terra, e eu ia embora daqui a uns meses, ele podia ficar com o apartamento caso ele tivesse interessado. Lá vi o apartamento, mas não ficou muito interessado. E só vi durante mais umas horas no escritório.

Precisamente no dia das mentiras, quando vinha em direcção a fábrica, passa por mim um carro de matrícula alemã. Ora não é muito normal um carro estrangeiro por estes lados, excepto carros polacos. Assumi que aquele carro ia para a fábrica. Dito e certo a minha dedução não falhou. Entro no escritório e quase uma hora depois entrava uma colega minha com uns pequenos pães tipo coverts. Como era dia das mentiras tudo era de esperar. Sem ter a mínima noção do que se iria passar, decido ir a cantina comprar uma garrafa de água, mas quando regressei ao escritório apercebi-me que a mesma não estava em condições. A data de validade tinha passado dois meses. Volto para trás. E quando volto para trás sou literalmente barrado pelo director principal. Simplesmente contorno-o e continuo a não perceber o que se iria passar. Estranhamente todos os meus colegas se dirigem apressadamente para o escritório, neste caso para o meu departamento. Tive que voltar para trás com a garrafa fora de validade na mão. Estava o director principal e uma outra pessoa ao lado dele, de igual modo de fato, óculos e com a mesma cor de olhos. Mas estrutura mais baixa, mais velho e com o cabelo branco. Era a apresentação do meu novo director!

Começou o discurso de apresentação e um dos meus colegas queria-me fazer a tradução, na qual eu dispensei, porque estava muito mais interessado na água no que no discurso. Ainda por cima numa língua que eu conheço bastante pouco. Apesar de eu estar na parte final do grupo, porque eu quis, todos os meus colegas pareciam umas estátuas. Tão atentos que eles estavam, nem eu imaginava o porquê. Terminou o discurso, tive que bater palmas como os outros e a continuar a não aperceber nada do assunto. Lá começaram as apresentações individuais e eu junto com o resto da rapaziada do laboratório lá saímos de fininho. Porque eu queria trocar a garrafa de água que estava fora de validade e também porque estava com uma sede desgraçada. Troquei a garrafa de água por uma nova e dentro da validade. Volto como se nada fosse comigo para o escritório. Ainda estava quase todos lá dentro por causa das apresentações formais e a comer os coverts. Nos quais não toquei porque eu estavam mais com sede do que com fome.

Depois disto tudo e já passadas umas duas horas entra ele, com umas pastas e o computador. Ocupa por ocupar um lugar que tinha ficado vago no dia anterior. Ficamos todos a olhar uns para os outros sem saber o que pensar. Claro que eu nem sequer pensava, nem queria saber o que se passava por ali. Mas de repente a minha cabeça, ainda com o ferimento da cabeçada que dei contra o armário começa a estranhar aquela nova personagem que ali estava. Até que de repente na minha cabeça mocada fez-se luz…

O novo director é precisamente a mesma pessoa que esteve no meu apartamento umas semanas antes!

[27] Ida de emergência ao hospital

Nunca pensei e nunca passaria pela cabeça ter que ir parar ao hospital. E foi precisamente o que me passou pela cabeça, ou melhor o que bateu na minha cabeça para ter que ir parar ao hospital. Malditas tradições britânicas que me lixaram a cabeça desta vez.

Após a hora do almoço e como tradição, foi beber um chá. Sai do meu escritório e dirigi-me à kitchett. Começo a aquecer água e ponho o pacote de chá dentro da chávena. Por coincidência o chá tinha o nome de English Breakfast. Mas ao por o pacote no lixo é que aconteceu tudo. A desgraça tinha começado daquele preciso momento.

Ao por o pacote no lixo, a senhora da limpeza, ou técnica de limpeza como agora se chamam. Tinha acabado de tirar o saco do lixo do caixote do lixo, e colocou tudo num saco maior. Rapaz jovem, delicado e gosta de facilitar as coisas as pessoas (características típicas de um tuga) para ajudar o trabalho, coloca o pacote de chá no saco maior. Mas quando levanto o corpo e a cabeça vai junto (e lógico, senão tinha a cabeça separada do corpo!), bato com a mesma violentamente contra algo de me deixou por segundos, literalmente a ver estrelas. Sem ainda saber o que se estava a passar tento abrir os olhos e é nesse momento que vejo um armário. Tinha acabado de bater na esquina do armário.

Pensei eu que era só um toque e que de mais nada iria acontecer, não e começo a sentir o algo pelo meu pescoço! Ponho a mão e depois vejo o que era...sangue! Pedi ao meu colega mais próximo (e dos poucos de domina bem o inglês), por uma caixa de primeiros socorros. Ainda meio atordoado pela dor, nem me lembro como e que pedia a caixa dos primeiros socorros, se em inglês, se em português, ou numa mistura dos dois. Só sei que fui logo encaminhado para a recepção onde me puseram uma bola de papel gigante para estancar o ferimento. Mas ai já eu estava a começar a vir mais ao de mim, mas a dor não me passava. Lá fomos para o hospital...

Semanas antes tinha conversado com uma amiga minha que não queria ficar doente, porque não sabia se podia confiar num hospital em terras de algures. Isto por experiência pessoal em centros de saúde no interior de Portugal. Médicos bons, mas falta de condições, que por vezes o próprio edifício parecia que tinha resistido a uma guerra. Além disso a barreira linguística e complicadíssima. Por isso e que não queria para ao hospital aqui por nada.

Mas na verdade acabei por ir mesmo para ao hospital. Preparado para ver uma coisa sem condições e de ser recambiado para um hospital melhor na cidade mais próxima, mas não...nada disso. Quando eu entro com o meu colega, que me assistiu desde o inicio, e que iria servir de tradutor naquele momento, vejo um hospital ultra moderno. Tudo novo, limpo, arranjado, com bom ambiente, que só mesmo com o cheiro característico e que o identificava aquele interior como um hospital. Ele tinha me dito a entrada que o hospital era novo e que era um dos melhores da zona, claro que eu mesmo apesar da pancada que tinha dado e encontrar-me ainda atordoado, eu não acreditei no que ele disse. Ele tinha dito a verdade e nunca esperei ver o que vi. Depois do preenchimento da papelada, fui bastante bem tratado. "Um estrangeiro por estes lados, mas que diabo ele faz por aqui?", " um português? Aqui?" Foram algumas das perguntas de devem ter corrido por aquelas cabeças

Passei mais tempo nas salas de assistência, raio-X, cirurgia, e cuidado primários do que na sala de espera. A sala de espera tinha uma coisa que para mim não muito vulgar. Tinha umas mesas no centro e à volta as cadeiras. A mesa era tão alta que era muito boa para jogar as cartas.

Lá me raparam o cabelo naquela parte da cabeça e deram-me um ponto. O único ponto que levei, e ainda para mais sem anestesia. Só o levei por segurança e a anestesia foi por opção do médico que não era necessário levar. Se fossem mais pontos, tinha levado. Mas não levei mais e ainda bem, porque senão o caso era bem pior do que eu tinha imaginado.

Apesar ter sido bem tratado, mandaram -me para casa descansar. Isto foi na quinta-feira, por isso tive um fim-de-semana mais alargado, mas passei o tempo todo a dormir e só sai mesmo de casa, no sábado, para comprar comida e regressar logo, para dormir mais.

Quando regresso na segunda-feira ao trabalho foi quando eu voltei a abrir a mala, além da camisa com sangue ainda lá estar. Estavam também os papéis do hospital. Não e que se tinha enganado no meu nome e no código postal. Os últimos três números que deveriam ser 101, estava escrito LOL....

[26] Obras

Como o trabalho já e muito por aqui, ainda para mais chego depois do almoço e o que eu oiço? Berbequim martelo mesmo ao meu lado. Estavam a furar o chão mesmo ao meu lado. O barulho era insuportável, mas mesmo insuportável, que nem com os auriculares nos ouvidos, com o volume da música no máximo conseguia abafar o barulho.

Claro que ninguém conseguiu estar aqui dentro com este barulho!

[25] Mas que porra de terra!

Mas que porra de terra é esta? Já no fim do mês de Março e ainda neva. Ou existe dias de bastante sol como estava de manhã, que só apetece dar uso aos óculos de sol, ou está a nevar. E lá tenho eu que usar novamente o casaco de neve e o gorro. Ainda por cima ainda me dizem por aqui que o tempo esta bastante anormal. Eu já nem sei o que e normal ou anormal por aqui!

Eu de mangas de camisa dentro do escritório, enquanto lá fora a bela da neve branca cai do céu sem parar nem abrandar. Tudo em reuniões e eu aqui sozinho no escritório, a ouvir musica. Beautiful Day dos U2. Coincidência! Enquanto estou a ouvir musica, ver a neve através da janela que esta à minha frente, e eu escrevo a reclamar do tempo.

Que cena tão gira, entanto dou aqui à tecla, vejo os carros de cor vermelha (ou encarnada) a ficarem brancos. Só de me lembrar que trouxe um casaco para Primavera. Antes de ir para casa, ainda tenho que ir ao banco tratar de umas coisas, nem quero imaginar como vou chegar a casa.

Independentemente de tudo, mulheres bonitas, bom emprego, comida péssima, mas estou a ficar realmente a ficar farto disto. E o tempo é o pior dos piores factores.

[24] “Curva” para a caldeira!

De manhã um lindo sol, toda a tarde o mesmo. Chega à noite e começa a nevar de tal maneira que as minhas belas e adoradas janelas ficaram com um manto branco de neve. A temperatura interior baixou tal como a exterior. Como estou só a viver neste casa, praticamente duas semanas, estava longe de imaginar o que iria acontecer.

Todos os dias a mesma hora lá vou eu tomar banho. Adoro esta banheira, porque posso deitar-me la dentro e encher-me de água bem quentinha. Enquanto la fora esta a nevar. Ontem era para ter a mesma ocasião mas... quando abri a torneira começou a sair uma coisa do chuveiro que mais parecia água congelada do que água quente. Imaginem eu deitado dentro da banheira, todo nu como seria normal, e começo a ter um arrepio de frio pela espinha acima, de tal modo que até saltei. Parecia que tinha apanhado um choque electrico. Fartei-me de mexer na torneira e nada, só água fria ou congelada. Parvo da vida, comecei logo a pensar que os russos tinham fechado o gás ao país. Sei lá, se era verdade ou não, mas eu não vejo muito as noticias locais, e as do meu país não fazia qualquer referencia a ao assunto. Como tem sido habito dos russos lembrarem-se fechar o gás, por estes lado, que já não me admirava nada.

Abri a porta da casa para ver se os contadores estavam a funcionar, apesar de ainda me encontrar como vim ao mundo, tive uma ligeira sorte de nenhum vizinho meu ver-me naquela triste figura. Continuei na mesma triste figura à procura de um modo para aquecer a agua. Micro-ondas seria uma boa hipótese, talvez o forno. Mas acabei por descobrir que não funciona, e é electrico. Naquela das quelas, resolvo abri o gás da placa do fogao. E como milagre este funcionava. Afinal não era falta de gas! La pôs a agua aquecer numa panela grande. Mas teve que ser varias vezes.

Afinal era a caldeira que estava avariada, e claro que se não tinha agua para tomar banho, também não tinha aquecimento central como seria logico.

Na manha seguinte acordei parecia que tinha dormido num cubo de gelo.

Sabem qual e para mim a pior coisa nisto tudo? A caldeira é um dos produtos que a empresa, onde estou a trabalhar, produz!

P.S.: A palavra curva por aqui e o mesmo que merda para nós