quarta-feira, 4 de março de 2009

[3] A minha colega P...

Viver num pais onde por natureza as mulheres são realmente bonitas e uma maravilha. Poder passar por todo o lado e ver mulheres que se gostam de vestir...que se gostam de se produzir. Acho que é o termo mais correcto.

Aqui tenho duas colegas que posso dizer que são até bastante bonitas. Uma é a que vou descrever e a outra é mais conhecida por mini-saia. Sim, porque anda sempre ou de mini-saia ou de vestido. Desde que cheguei aqui a esta terra algures no meio do nada, só a vi duas vezes de calças. Uma foi quando fomos fazer Ski e a outra foi quando tivemos que ir ver o meu novo apartamento.

Falemos de quem temos que falar! Para quem olha pela primeira vez até pensa que é modelo, porque é bastante bonita. A jovem de quem vou falar aparenta ter entre os trinta e os trinta e dois. Mas não é verdade, têm vinte e seis anos. Usa sempre uma camada de maquilhagem que infelizmente a torna mais velha. Anda sempre muito bem vestida. E debaixo daquelas roupas, um belo e torneado corpo. Andam sempre de saltos altos, é raro vê-la com sapatos rasos. Verdade é, que quando ela vai atravessar o corredor já sei que é ela. O barulho de andar de saltos altos neste chão de mármore entoa pelo meu escritório dentro sem pedir licença. Lá vai ela...

Andam sempre com uma cara de poucos amigos, não me admiro nada. Ser uma das mulheres mais desejadas pelos homens da empresa não é fácil. E impor respeito exige uma grande postura, tal como ela demonstra e consegue. Mas das poucas vezes que até agora falei com ela, demonstrou uma grande simpatia e não ser aquilo que aparenta.

O seu guarda-roupa parece que veio directamente de uma passagem de modelos de Milão ou mesmo de Paris. É simplesmente bonita e quando esta a passar no corredor, posso olhar discretamente pelos vidros do escritório, como se tivesse na primeira fila de uma passagem de modelos. Geralmente usa saias, mas bem justas ao corpo. Quando as usa, usa sempre umas botas de cano alto ou uns saltos altos, e por baixo delas umas meias de nylon com bastantes padrões. É verdade que debaixo daquelas apertadas saias, existe sempre uma tanguinha vestida. O que faz despertar mais o desejo dos homens e a inveja das mulheres.

Durante dias, especialmente ao almoço reparei que a minha colega alemã, olhava com muita atenção quando ela passa à frente dela na cantina. Nunca comentei nada, até que um certo dia, perguntei o porque de ela olhar daquela maneira. Tive duas respostas imediatas, uma foi que ela se vestia bem e a outra era sobre a cara de pau que ela fazia e por isso não gostava dela. Inveja...simples inveja. Mulheres…

Nesse mesmo almoço perguntamos a um dos nossos colegas que almoçava connosco naquele dia, qual era a formação dela. Resposta: Professora. Lá acabamos de almoçar e quando estava no escritório a minha mente começou a viajar pela estratosfera sem qualquer tipo de controlo. E todas aquelas conversas que tivemos sobre P começaram a cruzar-se e a chocarem umas contras as outras como se fosse carrinhos de choque.

A ideia de professora, fez-me lembrar os meus tempos de escola. Quando uma professora era bastante bonita, passava o tempo a olhar para ela do que para os livros. Lembrei-me das famosas reguadas, que existiam no antigo regime. Imaginei-me à portar-me mal, para poder levar uma reguada. É claro que a minha mente, que já viajava no espaço sideral com estas coisas, lembrou-se de uma coisa ainda mais estranha: Como seria ela não cama? Talvez de chicote numa mão e na outra uma régua, com um vestido todo ele em cabedal preto, pronta e em ponto de bala para uma sessão de sadomasoquismo. A nossa mente faz-nos cada partida mais estranha!

Depois de ter ficado com esta imagem na cabeça, não é que quando fui à casa de banho, estava ela junto à porta com uns papéis na mão. Quando entro na casa de banho só não soltei uma gargalhada porque ela estava no outro lado da porta. Porque no instante que a tinha visto, a imagem que a minha mente construiu horas antes, voltou-me a assombrar de imediato.

P.S.: Por questões de segurança não coloco o nome dela, nem mesmo pseudónimos, nem alcunhas.

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